tag:blogger.com,1999:blog-84538892327098573822024-03-21T13:44:47.206-07:00a precisão do imprecisoparolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-44461560448335069552008-07-17T13:36:00.000-07:002008-07-17T13:37:56.858-07:00mais uma sextina, desta vez é a do jaime medeiros jralgo de sentimento mal-quebrado meio mar<br />meio sal extemporâneos de visgo verde-musgo<br />deitam-se contigo cancelizam-se dentro ao jogo<br />furtivo do rompe-ciclos fazem-se e permitem-se ser algo vida<br />que mesmo malbaratada são pois algo feito pedra<br />nasce sob a face do esquecimento algo pra além do arrependimento<br /><br />algo simples algo chão que se nos destampa o arrependimento<br />contrito de tanto conhecer-se atônito de tanto te querer vira mar<br />grande mar pra além do mar re-sentindo-se ao saber-se vida<br />vida que comporta-se algo torta pura e imprecisa jogo<br />que coabita em todo o lugar rastro incerto na água do prende-musgo<br />dando-se ao desejo de ser algo mais que do que é pedra<br /><br />mesmo que feita de incerteza mesmo que esquecida pedra<br />é o que é e no torvelinho do desespanto a lua feito vida<br />come horas cansadas horas partidas rompidas de arrependimento<br />brando e branco feito olhos que se desreinventam no fim do jogo<br />perene da sorte crescida e vertida em tão somente seco musgo<br />e contudo algo de sol – solinho – inda quer se acordar por sobre o marparolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-53410842131598656002008-06-29T13:37:00.001-07:002008-06-29T13:41:59.166-07:00sarau dos imprecisos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinMMszUVUiFhbgLfOr6J3ThADRK71hBYB3slp7aAJUmogRbChNP4nqhDWQ9ZYjOJKCc-ezQfvRzcnDPZKB3EZSxhP1gtdCaxcJaXZsBMoJJX6Nu8456jNapjMNYv7KhAbG4Rlryr4Rb9c/s1600-h/image001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5217406433057486002" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinMMszUVUiFhbgLfOr6J3ThADRK71hBYB3slp7aAJUmogRbChNP4nqhDWQ9ZYjOJKCc-ezQfvRzcnDPZKB3EZSxhP1gtdCaxcJaXZsBMoJJX6Nu8456jNapjMNYv7KhAbG4Rlryr4Rb9c/s400/image001.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKjlsGVjFSQ8ADfAekG3UB2ElL0QAYCdosbTWk5rTeoFsrNCAbC-XWXdat0EeahgThDDEM6c3K42WNncoHSBm4jth1iNTho_yzqWh6CMLKz0HtdUJ817fUtRuADV3_xtZAYeMMp7XWZuU/s1600-h/image001.jpg"></a><br /><br /><div></div></div>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-69494908467428763222008-06-29T13:32:00.000-07:002008-06-29T13:39:42.528-07:00Sextina de Erika AlmeidaIncessante expulsa a vida<br />Do amontoado arremessa a pedra<br />Cria neste instante o abismo do jogo<br />Saída de emergência escorregadia como o musgo<br />No patíbulo o destino sem nenhum arrependimento<br />Páginas em branco afogadas no mar<br /><br />Transpondo altas espumas desse mar<br />Trança ensurdecida nas ondas da vida<br />Gemidos se agarrando na borda do musgo<br />Fugindo, fugindo das regras do jogo<br />Impossível amarrar o laço à pedra<br />Como desarmar o temor, o arrependimento?<br /><br />Da sina dos que ficam brota o arrependimento<br />A algema das algas pesa como pedra<br />Resistir a esta força não tão visível é o jogo<br />Deportar a razão, tornar-se musgo<br />Deixar-se a deriva, sem ser vencido, é vida<br />Enquanto contempla o destino dança no marparolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-29257605137746232008-06-18T10:54:00.000-07:002008-06-18T10:56:16.921-07:00ReceitaSe fluir inspiração<br />concentre idéias<br />formule frases<br /><br />divida em palavras<br />um infinito qualitativo<br />[ é a chave]<br /><br />sirva-se de sinônimos<br />fala igual<br />mas diferente<br /><br />acrescente metáforas<br />(se precisar entre parentes)<br />fica lindo<br /><br />raciocínio ao quadrado<br />não se perde em cantos<br /><br />subtraia fatores<br />simplifique<br /><br /><br /><br /><br />o resto é poema.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Sinara Marquesparolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-46258838382129920342008-06-15T13:54:00.000-07:002008-06-15T14:09:34.904-07:00Sobre Renga<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUEV5MtisVXUqtWYdZAcVXO4uCdIzOt632oiCBvokdS7R1-DR9smWw4OlmYLadlqMux-Qzo8zNePSKJMdIbrRf5Evn11lzrb4RQ5MVja8fHW0XIeoX0pI9fCB3SMtoIRvYZ0G8yZ5JJqY/s1600-h/fotos+sao+chico+021.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212218239465484386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUEV5MtisVXUqtWYdZAcVXO4uCdIzOt632oiCBvokdS7R1-DR9smWw4OlmYLadlqMux-Qzo8zNePSKJMdIbrRf5Evn11lzrb4RQ5MVja8fHW0XIeoX0pI9fCB3SMtoIRvYZ0G8yZ5JJqY/s400/fotos+sao+chico+021.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:arial;"><em>O RENGA é um tipo de diálogo cantado e uma espécie de divertimento folclórico em que se misturam os elementos lírico, cômico e satírico. Surgiu no início do século XII, apreciado pelos poetas da corte e sociedade aristocrática de então.<br />A composição de haicai como é praticada hoje, é resultante do “haicai do renga” (ou tanka), muito usada antes de Bashô. Era um poema coletivo, em que um poeta compunha a primeira estrofe (hokku), um terceto com 5-7-5 sílabas (ou sons). Em seguida, outro poeta compunha a segunda estrofe, um dístico de 7-7 sílabas (ou sons). Assim cada poeta que chegava escrevia um dístico de 7-7 sílabas, após um (hokku), atingindo a centenas. Levavam anos para completar o poema. Bashô, século XVII, fez escola e consolidou o haicai, essa poesia essencialmente sintética muito popular no Japão.</em></span></div>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-28982941974079747922008-06-15T13:39:00.000-07:002008-06-15T13:42:49.737-07:00Renga<span style="font-family:arial;"><em>overdose de ovo<br />mundo mal vazando-se<br />doce-terno<br />vem<br /> <br />clara ânsia<br />válvula de escape<br />compulsão em doses enfáticas<br /><br />estratagema<br />de fastio<br />inexistente<br /> <br />duas faces <br />sopro cósmico<br />de fecunda felicidade<br /><br />Tédio<br />jaula de ar<br />barco preso na calmaria<br /><br />Arrebentação em nós<br />resquícios de um tempo<br />nas pedras do cais<br /><br />casca do tempo<br />azoto de ovo cru<br />Grão ducado do castelo do pântano</em></span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-31563120934618719372008-06-14T13:42:00.000-07:002008-06-29T13:20:20.025-07:00<strong><span style="color:#330099;">Apenas </span><span style="color:#330099;">para quem escreve,lembro as palavras da poeta e amiga Ana Mariano que um dia citando Drummond me disse:"Penetra surdamente no reino das palavras,lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados,mas não há desespero ,há calma e frescura na superfície intacta."</span></strong><br /><br /><br /><span style="color:#cc33cc;"><strong>2 POEMAS RECENTES DE ANGELA WARLET</strong></span><br /><br /><span style="color:#330099;"><strong>ROLANDO</strong><br /><br />Frágil âncora de ossos e sofrimento<br />dobrada em tristes raízes<br />pequena pedra,coisa pensante<br />fragmento de um tempo<br />vivo de um sonho<br /><br /><br />Na nave mágica<br />Universo a desvendar<br />relevos,praias distantes<br />sutil forma<br /><br />Tudo tão fulgurante<br />imenso mundo<br />na úmida areia<br />no limiar de um cais. </span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;">( angela warlet )</span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"><strong>SEMPRE</strong><br /><br />Nunca te senti inteira<br />desde que nasci procuro-te<br />tempo, vida<br />matiz de dentro<br /><br />Tua garra<br />desfolhando os dias<br />tecendo passos de sonhos<br />alvorecendo ilusão<br /><br />Esperança<br />minha, tua<br />ponta dos dedos,pulsão<br /><br />A rasura do texto<br />coagulada emoção<br />vestida em capuz de cego<br />até quando?</span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;">( angela warlet )</span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span><br /><span style="color:#330099;"></span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-45361503768278787772008-06-12T21:08:00.000-07:002008-06-13T07:40:04.760-07:004 poemas de berenice sica lamas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilBzRwiI1SVBiZ0I00baYaLVgWGHI5DtmsGdjEbPaqtrwnvMrrDidSFshKcXR1a1sCPEUCzkr_WXaUx3Cu_gI7YsBfzDVNa1ArUoNJuaINtcZQp7AhyphenhyphenAS5G9TrYYZroJ26_LrGchP6pOc/s1600-h/novo-2b.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211220985284620546" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilBzRwiI1SVBiZ0I00baYaLVgWGHI5DtmsGdjEbPaqtrwnvMrrDidSFshKcXR1a1sCPEUCzkr_WXaUx3Cu_gI7YsBfzDVNa1ArUoNJuaINtcZQp7AhyphenhyphenAS5G9TrYYZroJ26_LrGchP6pOc/s400/novo-2b.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="color:#3333ff;"><span style="font-size:85%;">Alguns dos poemas realizados por Berenice Lamas neste secundo módulo da nossa oficina virtual. Diálogo Brasil/Itália. Férias. Recomeçamos em julho.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /></span><span style="color:#990000;"><strong>tratado<br /></strong><br /><br />ao contrario da pesantezza, a leggerezza<br /><br />a tênue suave leggerezza<br />a rarefeita vaporosa leggerezza<br /><br />o colibri trêmulo no ar<br />a pluma desenhando palavras<br />o grão de areia que escapa na ampulheta<br />Calvino pensa o profundo das idéias<br />a gota borrifa o patamar da janela<br />o vapor se desprende do café quente<br />a musselina envolve a pele o corpo<br />a pétala tombando na terra<br />a neve sobre os campos<br />a bailarina salta música acima<br />a migalha teimando em não cair do lábio<br />o exalar do suspiro e sua dor<br />o tremor concêntrico n’água à beira do lago<br />o aroma do cravo branco gotejando à brisa<br />abelha e corola em estado de pólen<br />a literatura exsuda na página<br /><br />ler leggere leggerezza o ato da leitura<br />contido na leveza (mas somente no italiano)<br />forte leveza, leve e pesada<br />leggere com lentezza puntuale<br /><br />calas em minhas palavras<br />il silenzio può essere leggero<br />o pesante<br /><br />* * *<br /><br />peixe de cera derretida<br />amolecida<br />maleável aos dedos<br />peixes de cera<br />água pelo pescoço<br />força das ondas<br />corpos de cera<br /><br />peixes de cera<br />esculpidos a dedo a ossos<br />de joelhos<br />delicadeza de um peixe de cera<br />desamparado<br />mas emplumado<br />guelras escamas<br />olhinhos esbugalhados<br />tudo bordado em cera cor bordô escuro<br /><br />festas ruas e corpos<br />muros coágulos de névoa<br />gatos fumaça caras<br />despedaços de mim<br /><br />e esse peixe de cera,<br />sempre<br />um peixe em estado de dissolução<br /><br />* * *<br /><br />homens sólidos e frágeis<br />débeis e densas mulheres<br />suor salgado dos trabalhadores<br />(palavras despencadas)<br /><br />caverna ou dar cara à brisa?<br />os brincos de princesa pendem<br />são colhidos pela retro-escavadeira<br />confundidos com lixo-veneno que se expande<br />(palavras desmoronadas)<br /><br />pássaros e gatos voláteis<br />um mundo desumano pleno de<br />profunda tensão<br />lâmina língua laços e aragem<br />(palavras desesperadas)<br /><br />carnaval de açúcar no canavial<br />balança ao vento a plantação<br />e no balanço da exportação<br />espessa escuridão<br /><br />no atravessar do dia<br />ar, ar, ar e ainda mais ar<br />e o agridoce fio a tecer,<br />(palavras exasperadas)<br />trêmulo como um desenho<br />escapa para o profundo das idéias </span></div><span style="color:#990000;"></span><br /><p><span style="color:#990000;">* * *</span></p><p align="justify"><span style="color:#990000;">uma cidade me queima a alma uma cidade me prende me cheira me bate me vira a cara me repele porque é gorda (grassa) vermelha (rossa) e culta (dotta) e ainda capital da musica arpejos solfejos sustenidos bemóis falanges falanginhas falangetas caminho na ponta dos pés bailarina sem sapatilhas flutuo entre suas cores terrosas e ocres entre seus pórticos e colunas, às vezes pórticos e colunas me pesam n’ alma. Arqueologias, visões, transfigurações modernas. De que adiantam a gastronomia e a riqueza, as idéias de esquerda e a universidade antiqüíssima? Grafites vândalos emporcalham tua paisagem, pedintes pelas ruas, laureados sem trabalho, imigrantes explorados, assaltos, escritórios burocratizados. Cidade esférica, mapa redondo, circundam as ruínas do muro medieval, “portas” de majestade, construções medievais. Expressão artística e linguagem. Complexidade, voragem, vertigem, veludo pedra teia de aranha, ruas estreitas, fios, ângulos, cicatriz vazia, uma cidade que suspira, solitária. Indolente. Apesar dos trens, ônibus e aviões. </span></p><p align="justify"><br /><span style="color:#990000;">cidade que não compreende, plena de imagens, venal faz mal, mensagens em contradição, não adianta escavar que a criatividade evapora, kitsch, sob o manto das tradições, te desvendei, cidade. Todavia és ainda cheia de mistérios. Um dragão de palha e areia, quero descobrir teu coração, se o tiveres. Teus detalhes singulares. Sob a pele, subterrâneos, trevas, ruínas, belezas de uma recôndita antiguidade. </span></p><p align="justify"><span style="color:#990000;"> <br />uma cidade me engolfa, fascina, amarga e agridoce, me desestabiliza e redesenha a identidade. Sibila em meus ouvidos e me conduz pela mão. O fio de minha vida e as ruas de meus passos. Uma cidade coagulada, pingo e nó de mercúrio no centro norte do pais. Viajora. Me faz poeta. Não habito nesta cidade.<br /> </span></p><p><span style="font-size:85%;"><em>berenice sica lamas</em> maio/junho 08 </span></p>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-65623653001936204842008-06-11T08:54:00.000-07:002008-06-11T09:08:13.819-07:00ESSÊNCIA<span style="color:#3333ff;"><br />Sinto no ar um perfume<br />que me devolve a infância<br />refletindo na alma a menina de outrora<br />o gosto cheiroso do café moído da antiga fábrica<br />percorrendo o ar em movimento<br /><br />Espalhando o aroma em deliciosa bruma<br />por toda a cidade...<br />nas papilas,na língua a sensação de prazer<br />deleite de um tempo adormecido<br /><br />O regresso à escola,amigos,colegas,professores<br />aquele entusiasmo com a merendeira<br />o uniforme,o sapato e a pasta<br />exalando o cheiro de couro e caderno novo<br />o estojo com lápis coloridos...<br /><br />Que delicia este mundo<br />de tantas sensações ,aromas e cores<br />o prazer de misturar as tintas<br />pintar ou simplesmente sujar os dedos<br />escrever um nome ,riscar, rabiscar<br /><br />Brincadeiras singelas<br />devolvendo o sentido à vida<br />prenúncio de uma nova estação<br />como a folha de outono a voar pelo jardim<br />tempo que fluía a vida<br /><br />Oscilação de outrora flutuando nas tardes<br />nas noites tecendo sonhos<br />ao alvorecer suavizando os traços<br />gris e tristes da próxima estação.<br /><br /> (Angela Warlet)</span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-89246953123656167092008-06-10T20:22:00.000-07:002008-06-10T20:30:42.494-07:00RESQUÍCIO<span style="font-family:lucida grande;color:#3333ff;">Lá fora a chuva<br />cá dentro a correnteza<br />rio intumescendo as veias<br />pulsando a cada segundo<br /><br />Descompassada emoção<br />vazante na alma<br />liquefazendo o instante<br />alucinação<br /><br /><br />Memória da pele<br />maresia<br />ar de sargaço<br />absorvendo a dor<br /><br />Na imprecisão do momento<br />ondulações de um tempo<br />quebrando a rocha da saudade.<br /><br /><br /><br /> ( Ângela Warlet ) </span><br /><span style="font-family:lucida grande;color:#3333ff;"></span><br /><span style="font-family:lucida grande;color:#3333ff;"></span><br /><br /><span style="font-family:lucida grande;color:#3333ff;"> </span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-4174156920173800832008-06-10T20:08:00.001-07:002008-06-10T20:09:37.376-07:00CÁLICE II<span style="font-family:trebuchet ms;"><br /><span style="color:#000066;">Esse frêmito </span></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000066;"> impulso<br />labareda na relva escura<br />irradia-se em nuvens<br />na estrada sinuosa de meu corpo<br /><br /> <br />Cristalino sentimento<br />transborda no cálice<br />o gosto<br />exalando o aroma<br /><br />Pactuo com as horas<br />eternizando o momento<br />fusão<br />ao roçar da chama em teu cerne<br /><br />Botão<br />seiva fluindo<br />irrigando<br />este solo arável em nós<br /><br />Simbiose de desejo<br />transpondo estações<br />a centelha<br />marca lavrada<br /> <br /> amor.<br /> <br /> <br /> (Ângela Warlet )<br /> <br /><br /> <br /> </span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-78958499553379690912008-05-31T18:37:00.000-07:002008-05-31T18:47:27.644-07:00um poema a dez ou doze mãos feito em 5 minutos<strong><span style="color:#6633ff;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">fruto da manhã </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">stela </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">alba posta em ramos </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">só </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">espera por ti<br /><br />conjunto sideral </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">o mosaico de estrelas </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">concêntrica luminosidade </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">desiderato </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">destino em vórtices,formas, signos vãos </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">sortilégios gravados </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">na escuridão do infinito<br /><br />solta no espaço </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">nem sempre </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">teu fino brilho </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">tem seu lugar<br /><br />balburdia </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">ouço vozes </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">silêncio </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">balbucios<br />buzina alerta </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">o tempo corre<br /><br />um olhar em vigilia </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">vago </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">vazio de desejo </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">vara a noite </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">insone </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">inquieto </span></strong><br /><strong><span style="color:#6633ff;">desassosegado<br /><br /><br /></span></strong><strong><span style="color:#6633ff;"></span></strong>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-10279086656931886882008-05-24T18:10:00.000-07:002008-06-07T16:44:56.406-07:00exeperimentos com a meia sextina<div align="justify"><strong><span style="color:#666666;">SEXTINA É um poema de forma fixa inventado no século XII,provavelmente pelo trovador Arnaut Daniel. A sextina éum espécime típico do <em>know-how</em> poético da Provença. A forma da sextina se caracteriza por uma “magreza” de expressão no que respeita aos recursos disponíveis aopoeta. A extrema limitação de meios e a estrutura recorrente, criam uma série de desafios a imaginação do poeta.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#666666;"></span></strong> </div><div align="justify"><strong><span style="color:#666666;">Vejamos: a sextina ortodoxa dispõe-se em seis estâncias de seis versos (aqui experimentamos apenas três estrofes, por isso a "meia sextina" do título) e um terceto final, espécie de <em>envoi</em>. Os versos terminam não em rimas propriamente ditas, mas em palavras-rima que obedecem a uma distribuição padronizada: a última palavra-rima de cada estância se repete no final do primeiro verso da estância seguinte. As palavras derradeiras dosversos da primeira estância recorrem, noutra ordem, sempre no fim das demais estâncias. </span></strong></div><br /><strong><span style="color:#666666;">1<br /><br />Quando a morte tocar a vida<br />Fará deslocar a pedra<br />E mudará o rumo do jogo<br />Do corpo inerte, coberto de musgo<br />Sobrará arrependimento<br />E buscará o caminho do mar<br /><br />Quando a noite mergulhar no mar<br />E não encontrar nem vida,<br />Nem corpo, nem musgo,<br />Mudará o revés do jogo<br />Destruirá de vez com a pedra<br />Dogmática do arrependimento<br /><br />E sem mais arrependimento<br />Libertará a alma da pedra<br />Mudará o resto do jogo<br />Livrando-a também de todo o musgo<br />Aí sim, alcançará a vida<br />Quando o dia mergulhar no mar<br /><br /><span style="font-size:85%;">(Sinara Marques)</span><br />________________________<br /><br />2<br /><br />volta e meia revôlta vida<br />caminho marcado a pedra<br />troca, veia e jogo<br />verde, terra e musgo<br />as costas vincadas do arrependimento<br />funduras azuis de mar<br /><br />nas azuis funduras do mar<br />como sói acontecer na vida<br />às vezes se encontra o musgo<br />colado aos dados do jogo<br />outras vezes se acha só pedra<br />ou frágil taça breve de arrependimento<br /><br />se sorvo o quanto do arrependimento<br />rolando na vida feito pedra<br />sorte e azar figuram no jogo<br />me esparramar aprendo, feito musgo<br />escorrendo pelos caminhos da vida<br />vai e vem, ondas do mar<br /><br /></span></strong><strong><span style="color:#666666;"><span style="font-size:85%;">(Deisi Beier)<br /></span><br />____________________________<br /><br />3<br /><br />É tarefa de toda uma vida<br />Sermos em tudo diferente da pedra<br />Mais do que a consciência o desejo conduz o jogo<br />Resvalando na sua escorregadia fluidez de musgo.<br />Estamos a todo o momento refém do arrependimento<br />Prestes a ser engolido pelo mar.<br /><br />Cambiante e fluida a imagem do mar<br />Trágica e épica como a Vida<br />Ora sombrio e traiçoeiro como musgo<br />Ora, como parte de um indecifrável jogo,<br />Som e fúria de suas ondas no ar e na pedra<br />Fonte de dores, amores e arrependimento.<br /><br />Libertar-se das cadeias do arrependimento<br />Sair da posição catatônica de pedra<br />Não é tudo, mas é parte importante do jogo.<br />Tropeçar na pedra drumondiana, resvalar no musgo<br />E levantar para continuar a trajetória de uma vida<br />Que os poetas procuram, bem ou mal, emoldurar com a imagética do mar.<br /><br /></span></strong><strong><span style="color:#666666;"><span style="font-size:85%;">(Jorge Alberto Benitz)<br /></span><br />___________________________<br /><br />4<br /><br />pensamentos cheios de vida<br />um caminho uma pedra<br />brinca o tempo suave jogo<br />brisa calma de verde musgo<br />arrepio pende sem arrependi mento<br />mergulho inteiro eu só o mar<br /><br /><br />tranqüilo inquieto lambe o mar<br />te observa a vida<br />estende a mão sobre o lado musgo<br />doce menino não conhece o jogo<br />fria pedra arre pendi mento<br /><br /><br />sem nenhum arrependimento<br />rola o tempo rola a pedra<br />viciou-se sentir musgo<br />renasce quase morta a vida<br />reflete puro o mar<br /><br /></span></strong><strong><span style="color:#666666;"><span style="font-size:85%;">(Jackeline Gay)<br /></span><br />__________________________<br /><br />5<br /><br />Na descoberta da vida<br />Sigo o destino da pedra<br />Desafio num jogo<br />Onde o musgo<br />Do tempo do arrependimento<br />Foi sepultado no mar<br /><br /><br /><br />Navego por este mar<br />Que me devolve à vida<br />Tento extrair a tempo o musgo<br />Com passos seguros como num jogo<br />Para não escorregar na pedra<br />Obscura do arrependimento<br /><br /><br /><br />Chega um tempo sem arrependimento<br />Talhado na pedra<br />Teu nome faz parte do jogo<br />A rolar soltando o musgo<br />Temporário da vida<br />No fundo do mar.<br /><br /><br /></span></strong><span style="font-size:85%;color:#666666;"><strong>(Ângela Warlet)<br /><br /></strong></span><span style="font-size:85%;color:#666666;"><strong></strong></span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-79172525852914870812008-01-20T06:50:00.000-08:002008-01-20T07:21:19.092-08:00Poemas de Berenice Sica Lamas<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQlpyzv-GJLP5oeIAEivSLJiUJVijhdVQ9Pz70ArmwcfueGWygA0veVK3AKnPv7ifWZwsCTD5hLwYIm_DHlWlbOf_6LB5C2l6y5xeoYR2JLVB8qQ0mdpvDUU2uiXPiUiYMwbnUbkZRPzk/s1600-h/dípticoB.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5157577453195863506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQlpyzv-GJLP5oeIAEivSLJiUJVijhdVQ9Pz70ArmwcfueGWygA0veVK3AKnPv7ifWZwsCTD5hLwYIm_DHlWlbOf_6LB5C2l6y5xeoYR2JLVB8qQ0mdpvDUU2uiXPiUiYMwbnUbkZRPzk/s400/d%C3%ADpticoB.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><em> paisagem em preto e branco</em>, Rosa Marques </span><a href="http://www.verbavisual.blogspot.com/"><span style="font-size:85%;">verbavisual</span></a></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;"></span><div align="left"><br /></div></span><div align="left"><strong></strong></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><strong>O curso A precisão do Impreciso tem agora a sua versão virtual. A poeta Berenice Sica Lamas, desde a Itália, faz oficina <a href="http://www.poesia-pau.zip.net/">comigo</a>. A experiência está sendo bastante interessante, e como pequena amostra deste nosso diálogo, aí vão alguns poemas inéditos da autora de <em>Ampulheta</em> (2007,<a href="http://www.casaverde.art.br/">http://www.casaverde.art.br/</a>):</strong></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><strong><span style="font-family:verdana;"></span></strong></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><strong><span style="font-family:verdana;">Terça</span></strong></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;">cortinas vermelhas<br />filtram a<br />claridade do sol<br />através de antigos vidros<br /><br />o quarto é banhado<br />de delicado rosado<br /><br />eu, que prefiro tons<br />azuis verdes violetas<br /><br />me perco<br />nesta floresta<br />cor-de-rosa</span></div><div align="left"><br /></div><div align="center"><br /><span style="font-family:verdana;"><strong>Quarta<br /></strong><br /><em>Carissima</em><br />sou linha ininterrupta<br />interrompida<br />desculpa a cara fechada<br />continuo verde e violeta<br />livros se acumulam e eu me despedaço<br />um pouco aí, um pouco cá<br />porem com dois pés na terra<br />aliás, a terra aqui também não vai bem<br />de saúde<br />n’água peixes morrem<br />uma coisa é certa: esqueci os desafetos<br />é mais saudável para o fígado<br />inquietude desassossego<br />presentes no cotidiano<br />de minha cadeira vejo o mundo<br />hoje não tenho conselhos<br />esta fazendo um ano que cheguei<br />a outro centro de gravidade<br />saudade de nosso céu<br />beijos<br /><em>Arcobaleno</em><br /></span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><strong><span style="font-family:verdana;">Quinta</span></strong></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;">crianças se revoltam<br />no parquinho<br />lutam para se livrar das mães<br />opressoras<br /><br />passantes cumprem seu papel e<br />passam<br />pássaros não voam às estrelas<br />na tosca aldeia<br /><br />e o pinheiro<br />adentra galhos<br />ao shopping<br /><em>dio mio</em>, árvores<br />aderindo ao consumo? </span></div><span style="font-family:verdana;"></span><p><span style="font-family:verdana;"><strong><span style="font-size:78%;">Berenice Sica Lamas, 2008</span></strong></p><div align="left"><br /></div></span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-19772422308645698892007-12-15T19:25:00.000-08:002007-12-15T19:29:42.778-08:00sem segunda chance, foi muito bom<div align="center">Palavraria – Livraria-Café convidou:<br />Sarau de encerramento<br />do curso-oficina<br /><br /><strong><span style="color:#009900;">POESIA: A PRECISÃO DO IMPRECISO<br /></span></strong> Ronald Augusto </div><div align="center"><br />Sexta-feira dia 07 de Dezembro, às 19h30min<br />Poemas, comentários e canções<br />nas vozes de:</div><div align="center"><br /><strong>Renato Golgo</strong></div><div align="center"><br /><strong>João Pedro Wapler</strong></div><div align="center"><br /><strong>Daniela Montano<br /><br />Isolde Bosak<br /><br />Évelyn Bisconsin<br /><br />Deisi Beier<br /><br />Jaime Medeiros Jr<br /><br />Sinara Marques<br /><br />Érika Almeida<br /><br />Jacqueline Gay<br /><br />Paulo Viegas<br /></strong> </div>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-743970635907227522007-09-19T09:49:00.000-07:002007-09-19T10:13:48.205-07:00"no pão de açucar/ de cada dia/ dai-nos senhor/ a poesia de cada dia", oswald de andrade<p style="font-variant: small-caps; color: rgb(0, 0, 0); page-break-after: avoid;" align="left"> </p> <p style="font-variant: small-caps; color: rgb(0, 0, 0); page-break-after: avoid;" align="left"> </p> <h6 class="western" style="font-variant: small-caps;"><span style="font-style: italic;font-family:Arial,sans-serif;" ><span style="font-size:130%;"><b>ralo</b></span></span><br /></h6> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">sente</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">o ralo da pia</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">o rolar da chuva</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">todo santo dia</span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0.21cm; color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">da semana</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">em toda alma humana</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">o pio</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">dum maná</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">sente</span></span></span><br /><br /></p> <p style="font-variant: small-caps; color: rgb(0, 0, 0); page-break-after: avoid;" align="left"> </p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"><br /></p> <h6 class="western" style="font-variant: small-caps;"><span style="font-style: italic;font-family:Arial,sans-serif;" ><span style="font-size:130%;"><b>doce</b></span></span><br /></h6> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">um doce na mesa</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">duas idéias a vagar</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">só</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); line-height: 150%;" align="left"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">ninguém sabe</span></span></span></p> <p class="western" align="left"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">o sabor a pagar</span></span></span></p><p class="western" align="left"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;"><b><br /></b></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="font-style: italic;font-family:Arial,sans-serif;" ><span style="font-size:130%;">Retrato</span></span><br /><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">Tristão</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">ao ver a foto dela acesa</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">estampada num brochado</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">destampou as lágrimas</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">chorou corou orou jorrou</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">jorrou dez tonéis</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">chorou cem vasos</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">corou mil couros</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">orou milhões de gotas</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">do mais puro decanto</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">de cantos de alegria</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">e hinários de tristeza</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><br /></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">e ela</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">ali alocada</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">no retrato exposto</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">esposando como novo </span></span></span> </p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">aquele velho papel mocho </span></span></span> </p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">isso sim o entristeceu</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">mas não seu broche</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">que mesmo espetando</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">o abrochado dormido </span></span></span> </p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">sentiu ser menos tristonho</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">do que a ver deslocada</span></span></span></p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;">numa folha bisonha</span></span></span></p><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></span></span></p><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >(poemas de Paulo Ribas)</span></span></span></span></p><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><br /></p><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >***<br /></span></span></span></span></p><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"><br /></p><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0);" align="left"> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>pôr-do-sol</b></span><br /><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">a lâmpada do destino acende </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"> transforma as nuvens de ontem em acaso </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">a razão ratifica o sentido do tempo</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"> contornando de lápis o espaço inanimado </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">não encontraremos nossa espontaneidade perdida na névoa </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">nem um lapso de ceticismo escapará no horizonte</span><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>esotérica</b></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">nesta carne bruta</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"> que nasce o mato do deserto </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">sentou um duende </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">que me contou histórias eróticas </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">cheias de bravura </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">apesar de seu tamanho</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">vergonhoso e frágil</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>o pensador</b></span><br /><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">pedaços do universo </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">numa latitude nunca antes entrelaçada </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">têm algo de patético </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">intrínseco na natureza burra</span><br /><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">às vezes entro em harmonia com toda a voz </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">que sai da garganta </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">e morre no ar</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">(poemas de João Pedro Wapler)</span></span></span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><br /><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;"></span></span></span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">***</span></span></span></p><pre> <span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:130%;" > V<br /><br />uma árvore tingida de vermelho<br />um casarão de pedra<br />o verde que disfarça o precipício<br />que margeia o rio<br />que serpenteia no vale<br /><br />o mesmo rio que não pretende<br />apenas segue<br />para misturar-se ao outro<br />desaguar-se no outro<br />trocar-se<br />transcendência do individual<br /><br />triste sina a das gentes<br />que não coisas<br />mas viventes<br />passam por sua aqui permanência<br />a ignorar<br />o propósito de existir<br />com sentimento<br />de rio<br /><br /> VI<br /><br />ossos e veias<br />pele e entranhas<br />a voz que corta<br /><br />peças de um quebra-cabeça<br />que não mais se encaixam<br />demônios guardados em<br />jaulas de algodão<br /><br />quanto pode durar<br />a solidão que ronda nosso canteiro<br />quando a casa toda vira um imenso<br />corredor?<br /><br />ficam notas que não encontram concerto<br />a fragilidade que toca<br />quando o melhor não foi suficiente<br /><br />as chamas queimam somente quando<br />alimentadas<br /><br />peco minha essência<br />com sede e fome<br />enlouqueço pedras limos e musgos<br />aves balanço<br />imaginando alturas<br /><br />cuspo o sangue do meu fracasso<br />pela desistência<br /><br /> VII<br />o cheiro das panelas no fogão<br />convida<br />e com licença invade a casa<br />ao redor da mesa<br />delicadamente vestida<br />com a coberta do casamento<br />acomodam-se três gerações<br />entre histórias lembranças<br />e paradas maneiras<br />o barulho dos talheres<br />embala o riso<br />sobremesa do coração<br /><br />almoço de domingo:<br />alimenta convivências<br />engordando vínculos<br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">(poemas de <span class="dReadMsgHeaderSender"> Deisi Beier)<br /><br /><br />***<br /><br /></span></span></span><span style="font-size:130%;">1-<br /></span><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;">dentro da escola,<br />revolver.<br />revolvo o vidro da infância,<br />balas , bolitas,<br />cores disparadas<br />à esmo<br />a memória explode<br />no raspão<br />estilhaçando a crença<br /><br /><br /><br /><br />2-<br />o tempo que passo na cozinha<br />preparo palavras<br />tendo algum trabalho<br />em esquartejar os dedos<br />enquanto dedilho idéias<br />arrancando a pele<br />fisgo substantivos<br />abstraio moquecas<br />dendês e adjetivos<br />todo o provérbio é gustativo<br />papilas unidas<br />cimentam papoulas<br />que no molho<br />( abduzidas palavras )<br />polvilham estrelas<br /><br /><br /><br />3-<br />procurei poemas no opúsculo professoral<br />as palavras pairavam<br />penas pequenas sem ter onde pousar<br />abri a folha branca<br />e nada<br />botei a mão<br />em concha<br />andorinha voou<br />abri o peito<br />redemoinho de pó<br />se encaixaram todos</span><br /><span style="font-size:85%;"><br />(poemas de Isolde Bosak)</span><br /></span><br /></pre><br /><p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" align="right"><span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" align="right"><span style="font-size:130%;"><br /></span> </p><span style="font-weight: bold;font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="font-size:16;"></span></span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:130%;" ><br /></span>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8453889232709857382.post-85517180291939986002007-09-08T21:51:00.000-07:002007-09-08T22:14:12.089-07:00os imprecisos reunidos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh23MqAyUIfZirK-yyD3qgFFZmx1CzlpAeFhOVe_gKivX3KdDscCAFiv6iOxK7y6E39NYOPUssfb5MA6eQne09knaddKurPfyoljcKHTZnW2r3xFUHlRDubXw8uFXkws0omUgWuCLXHIsY/s1600-h/oficina_ronald003.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108064954824508706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh23MqAyUIfZirK-yyD3qgFFZmx1CzlpAeFhOVe_gKivX3KdDscCAFiv6iOxK7y6E39NYOPUssfb5MA6eQne09knaddKurPfyoljcKHTZnW2r3xFUHlRDubXw8uFXkws0omUgWuCLXHIsY/s400/oficina_ronald003.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVr_oAAphaPjEOiL3MmTuTuMJoX3-oxHMSR5Ze23qKZT-kH0qTGSpgytI9keYlFBNzE-m3nvNo0UXOs2XOf7RnKb-spfIUmw4nyXZ8IMF4byGNuxmX7jjdn95xPZPpSqYbg2Q7_3WAH9k/s1600-h/oficina_ronald005.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108064336349218066" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVr_oAAphaPjEOiL3MmTuTuMJoX3-oxHMSR5Ze23qKZT-kH0qTGSpgytI9keYlFBNzE-m3nvNo0UXOs2XOf7RnKb-spfIUmw4nyXZ8IMF4byGNuxmX7jjdn95xPZPpSqYbg2Q7_3WAH9k/s400/oficina_ronald005.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><em> leituras à viva voz (fotos: <strong>daniela montano</strong>)</em> </span></div><div align="center"><span style="font-size:85%;"><br /></span> </div><div><strong><span style="font-family:trebuchet ms;">Segundo Wittgenstein, os “problemas filosóficos” são produzidos quando o que deve ser silenciado termina por ser dito. O que pode ser expresso com clareza, sem erros de linguagem (afasias) não seria, portanto, poesia. Por outro lado, diz-se com uma certa insistência - o que, aliás, deveria nos conduzir a uma suspeição ou resguardo com relação ao aspecto avassalador da afirmativa que segue - que a poesia “diz o indizível”. Mas, se Wittgenstein tem razão quando afirma que “acerca daquilo de que não se pode falar, deve-se silenciar”, como emprestar credibilidade ao supostamente indizível que a linguagem poética materializaria no lance de sua invenção? Efetivamente, a poesia diz o indizível? E como, em caso afirmativo, ela o diz?</span></strong></div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></strong> </div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;color:#009900;"><em>post-scriptum:</em></span></strong></div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;color:#009900;">na próxima postagem "a poesia de cada dia" dos poetas do curso. </span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">(ronald augusto)</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></strong></div><br /><div></div>parolagemhttp://www.blogger.com/profile/15224291408479405730noreply@blogger.com0